É muito importante considerar como anda a “saúde” dos parceiros que compram a sua produção. Todo o trabalho realizado desde a compra dos insumos, manejo das lavouras e colheita, vão estar sujeitos ao pagamento da produção para concretização do sucesso da safra. Em grande parte das negociações, os contratos são feitos para entrega futura, ou seja, muitas vezes antes mesmo de semear a lavoura já temos uma grande porção vendida da safra.

O mercado é soberano!

Todos sabemos que no mercado de commodities agrícolas o produtor rural é tomador de preços, ou seja, a cotação é formada no mercado internacional baseada em oferta e demanda e produto padrão a nível global. Em outras palavras, o preço a oferecer ao produtor é quase igual para todos compradores, o que muda é a necessidade de cada um. Fatores como:  evolução do ritmo de vendas pelos produtores, alteração nas metas, take or pay com ferrovias/hidrovias/armazéns, navios esperando nos portos, expectativa de margens e etc.

“Cada comprador tem o seu momento de atuar mais agressivo, neutro ou até mesmo ficar fora”
Leonardo Menezes

Exposição a aventureiros! Cuidado quando a “esmola” é grande!

É comum ver novos players entrando e “bagunçando” o mercado, oferecendo preços que não fecham a conta. Já vi acontecer algumas empresas atuando com até R$ 5,00/saca de soja/milho superior a paridade de exportação e/ou demanda pelas indústrias. Nesse caso, mais cedo ou mais tarde temos a notícia que o dono sumiu do país.

Portanto, sim! É super importante contar com o relacionamento diário dos compradores que batem a sua porta e enviam os preços e notícias nas listas automáticas do WhatsApp, todavia, conte também com cautela e suporte de profissionais como os da Base Agronegócios para acompanhar a movimentação do mercado e dos players no dia a dia.

Temos relacionamento de longa data e uma metodologia de monitoramento da posição de venda, associada a classificação dos riscos juntos aos parceiros compradores. Dessa forma, monitoramos o quanto de risco estamos expostos, ou seja, nem sempre a venda deve ser feita para o maior preço oferecido. Mesmo sendo boas empresas, fatores como capacidade operacional sua e do parceiro precisam ser avaliadas, pois dependendo do caso, por exemplo, você pode estar com armazém cheio de soja e precisando colher a safra de milho.

Recentemente, chegou até nós na consultoria o caso de um produtor que travou grande parte da sua safra em uma modalidade de componentes a fixar, oferecida por uma trading grande no mercado. O problema é que o mesmo desconhecia os termos que estava assinando e responsabilidades caso o mercado viesse contra as expectativas. Além disso, a trading repassou o valor de rolagens de posição na Bolsa, previstos em contrato, o que definitivamente não recomendamos fazer.

Portanto, reforçamos a necessidade de buscar apoio antes de fechar contratos de grande representatividade da sua produção e em modalidades que não são usuais. Existe a forma de aproveitar as altas dos mercado mesmo após fechar a venda, mas conte sempre com o apoio de um especialista, torne-se um cliente da Base Agronegócios, pois estaremos ao seu lado nas tomadas de decisão.